As mulheres representam quase 30% do total dos chineses que sofrem com a infecção do HIV/SIDA, contra menos de 20% no início da década, informa hoje a imprensa oficial da China, citando estatísticas oficiais.
Em 2006, as mulheres representavam 27,8 por cento de todos os casos de HIV/SIDA, contra 19,4 por cento no ano 2000, diz o jornal oficial Beijing Youth Daily, referindo dados que o vice-ministro da Saúde chinês, Wang Longde, avançou em conferência de imprensa.
Segundo Wang, entre os casos recentes de contágio pelo vírus, a proporção entre homens e mulheres aumentou de dois para um, enquanto na década de 1990 a proporção era de cinco chineses para cada chinesa.
Os casos femininos representaram também mais de metade dos novos detectados de contágio por via sexual, disse o vice-ministro, citado pelo Beijing Youth Daily.
Até o final de Abril de 2007, as autoridades de saúde chinesas registaram 203.527 casos de HIV/SIDA, quase mais 20.000 do que as 183.733 pessoas que as autoridades identificaram até 31 de Outubro de 2006.
O número total de casos na China, incluindo as pessoas que ignoram ser portadoras do vírus, é de cerca de 650.000, segundo estimativas do governo chinês que as organizações não-governamentais do sector de saúde a actuar na China contestam.
Os altos custos das consultas médicas - cerca de 400 renminbi (38 euros) - dificultam o apuramento do número de casos de contágio, mas as organizações não-governamentais calculam a existência de mais de seis milhões de seropositivos em todo o país.
O desconhecimento em relação ao HIV/SIDA e outras doenças sexualmente transmissíveis são uma das grandes causas de transmissão do vírus nas áreas rurais da China, onde os rendimentos médios anuais são de cerca de 260 euros e onde se concentram 80 por cento das doenças infecciosas.