sexta-feira, 22 de junho de 2007
Terapia genética pode ajudar a tratar Disfunção Eréctil
A disfunção eréctil consiste na incapacidade repetida de um homem apresentar uma erecção com qualidade suficiente para a realização de uma relação sexual. Os especialistas sabem que a disfunção eréctil (DE) pode ter na sua origem várias causas, sendo que uma das mais graves é a danificação do nervo cavernoso no pénis, após uma intervenção cirúrgica do cancro da próstata.Desde há uns anos a esta data, comprimidos como o Viagra, o Cialis ou o Levitra, surgiram como pílulas milagrosas para milhões de homens que sofrem de disfunção eréctil. No entanto, e apesar dos bons resultados instantâneos, estes medicamentos podem apresentar graves efeitos secundários, para além de se apresentarem como um entrave à espontaneidade das relações sexuais.No 10º Encontro Anual da American Society of Gene Therapy, que teve lugar em Seatle, nos EUA, cientistas da University of Pittsburgh School of Medicine, apresentaram os resultados de um estudo, onde demonstram que a terapia genética pode vir a ser utilizada como tratamento para indivíduos com DE crónica.Os cientistas alteraram geneticamente o Vírus do Herpes Simples (VHS) ao introduzirem dois genes que influenciam o crescimento do nervo cavernoso que ajuda a alcançar e manter uma erecção com qualidade.Os genes, denominados de GDNF (gene para a linha da célula glia derivado do factor neurotrófico) e o neurturin (um ligante da família GDNF) foram inseridos no vírus, o qual teve como função transportar os genes até as células alvo (as células do nervo danificado).Os cientistas indicam que na experiência, injectaram um grupo de animais afectados com DE com o vírus recombinante VHS-GDNF e um segundo grupo de ratinhos com VHS-neurturin. De seguida, quatro semanas após as injecções, os cientistas compararam os dois grupos de animais com um grupo de controlo de ratinhos afectados com DE mas que não receberam tratamento e outro grupo que apenas foi submetido ao VHS.Os resultados demonstram que os animais submetidos à terapia genética apresentaram uma recuperação significativa da pressão intracavernosa e da pressão arterial sistémica. Com base nestes resultados, os cientistas acreditam que esta nova terapia poderá ser um potencial novo tratamento para reverter a DE, não apenas de forma imediata mas a longo prazo.Joseph Glorioso, investigador principal do estudo, explica, citado em comunicado da Universidade de Pittsburgh que, «porque o vírus do herpes persiste na célula do nervo durante o tempo em que está vivo e as células nervosas tipicamente não se reproduzem, isto representa a primeira demonstração de sempre de um tratamento de longo prazo para a DE, que não assenta na administração crónica de drogas que podem ter potenciais efeitos perigosos».
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